Os
pterossauros constituem uma
ordem extinta da classe
Reptilia (ou
Sauropsida), que corresponde aos répteis voadores do período
Mesozóico. Embora sejam seus contemporâneos, estes animais não eram
dinossauros . O grupo surgiu no
Triássico Superior e desapareceu na
extinção K-T, há 65 milhões de anos. Os primeiros pterossauros tinham mandíbulas cheias de dentes e uma cauda longa, enquanto que as espécies do
Cretáceo quase não possuíam dentes numa mandíbula que parecia um bico e a cauda estava bastante reduzida. Alguns dos melhores fósseis de pteurossauros vêm do planalto de
Araripe no
Brasil.
O primeiro fóssil de pterossauro foi descrito em
1784 pelo naturalista italiano Cosimo Collini, que os interpretou como sendo de um animal aquático. Somente em 1809
Georges Cuvier faria a correção ao trabalho de Collini, afirmando tratar-se de um réptil voador, cuja asa era uma membrana corporal em conexão com os dedos da pata anterior, característica esta, que fez Cuvier denomina-lo
pterodáctilo (do grego ptero = asas e dáctilo = dedos)..
As asas dos pterossauros eram constituídas por membranas dérmicas, fortalecidas por fibras, ligadas a partir do quarto dedo, que era desproporcionalmente longo. O
pulso contém um osso extra, o pteróide, que ajuda a suportar esta membrana. As asas dos pterossauros terminavam nos membros posteriores, ao contrário dos
morcegos atuais, onde as asas são braços modificados. Outras adaptações para o vôo incluíam ossos ocos (como as
aves modernas) e um
esterno em forma de quilha, próprio para a fixação dos músculos usados no vôo. Os pterossauros não tinham penas, mas há evidências de que algumas espécies pudessem ter o corpo coberto de pêlos (no entanto, diferente do dos
mamíferos). O estilo de vida destes animais sugere que fossem de sangue quente (
endotérmicos). As primeiras espécies a surgir no registro fóssil tiveram mandíbulas totalmente dentadas e caudas longas, enquanto as formas posteriores tinham uma cauda altamente reduzida, e alguns não tinham dentes.