Estromatólito pode ser definido como uma
rocha fóssil formada por atividades de
microrganismos em ambientes aquáticos, que, quando acumulados no fundo de mares rasos, formam uma espécie de
recife. Porém, a definição exata de estromatólito ainda é discutida podendo, por exemplo, excluir estruturas como
oncólitos e trombólitos da lista dos estromatólitos.
Há mais de 20 anos é conhecida a presença de estromatólitos no chamado sílex de Strelley Pool, uma formação rochosa que fica na
Austrália e que data do início do
Mesoarqueano, ou seja, cerca de 3,5 bilhões de anos atrás. Por serem fósseis tão antigos, pensa-se que sejam testemunha dos primeiros organismos a realizar a fotossíntese oxigênica, responsáveis pelo gás oxigênio que surgiu no planeta há cerca de 3,5 bilhões de anos. No Brasil, os fósseis mais antigos ocorrem no
Quadrilátero Ferrífero e têm idade entre 2,1 e 2,4 Ga, mas o principal registro no país é nos terrenos
mesoproterozoicos e
neoproterozoicos dos estados GO, MG, PR, BA e DF.
Não somente de
sílex podem se formar os estromatólitos: compõem-se também estes de carbonatos (
calcita e
dolomita). São formados a partir de uma sucessão de estágios, partindo de
esteira microbiana, estromatólito estratiforme, para finalmente consolidar uma
rocha. Os principais microorganismos formadores das esteiras estromatolíticas são as
cianobactérias.