O (em
persa antigo:
Parsā; em
persa moderno: هخامنشیان,
Hakhāmanishiya ou دودمان هخامنشي,
transl. Dudmān Hakhâmaneshi,
dinastia aquemênida; c. 550–), por vezes referido como
Primeiro Império Persa, foi um
império iraniano situado no
Sudoeste da Ásia, e fundado no por
Ciro, o Grande, que derrubou a
confederação médica. Expandiu-se a ponto de chegar a dominar partes importantes do
mundo antigo; por volta do ano estendia-se do
vale do Indo, no leste, à
Trácia e
Macedônia, na fronteira nordeste da
Grécia - o que fazia dele o maior império a ter existido até então. O Império Aquemênida posteriormente também controlaria o
Egito. Era governado através de uma série de
monarcas, que unificaram suas diferentes
tribos e
nacionalidades construindo um complexo sistema de
estradas. Denominando-se
Parsa, do nome tribal
ariano Parsua, os
persas fixaram-se numa terra que também denominaram
Parsua, que fazia fronteira a leste com o
rio Tigre, e, ao sul, com o
golfo Pérsico. Este tornou-se o centro nevrálgico do império durante toda a sua duração. Foi a partir desta região que
Ciro, o Grande partiu para derrotar os impérios
Medo,
Lídio e
Babilônico, abrindo o caminho para as conquistas posteriores do
Egito e
Ásia Menor.
No ápice de seu poder, após a conquista do Egito, o império abrangia aproximadamente oito milhões de
quilômetros quadrados situados em três
continentes:
Ásia,
África e
Europa. Em sua maior extensão, fizeram parte do império os territórios atuais do
Irã,
Turquia, parte da
Ásia Central,
Paquistão,
Trácia e
Macedônia, boa parte dos territórios litorâneos do
Mar Negro,
Afeganistão,
Iraque, o norte da
Arábia Saudita,
Jordânia,
Israel,
Líbano,
Síria, bem como todos os centros populacionais importantes do
Egito Antigo até às fronteiras da
Líbia. É célebre na história ocidental como o tradicional inimigo das
cidades-estado gregas durante as
Guerras Greco-Persas, pela emancipação dos
escravos, incluindo o
povo judeu, de seu
cativeiro na Babilônia, e pela instituição de infra-estruturas como um
sistema postal,
viário, e pela utilização de um
idioma oficial por todos os seus territórios. O império tinha uma administração centralizada e burocrática, sob o comando de um imperador e um enorme número de soldados profissionais e funcionários públicos, o que inspirou desenvolvimentos semelhantes em impérios posteriores.
O ponto de vista tradicional é de que as vastas extensões e extraordinária diversidade etnocultural do Império Persa acabaria por provocar a sua derrocada, à medida que a delegação de poder aos governos locais acabaria por enfraquecer a autoridade central do rei, fazendo com que muita energia e recursos tivesse de ser gastas nas tentativas de subjugar rebeliões locais. Tal fato tem servido historicamente para explicar o porquê de
Alexandre, o Grande (Alexandre III da Macedônia), ao invadir a Pérsia em , ter se deparado com um reino pouco unido, comandado por um monarca enfraquecido, facilmente destruído. Este ponto de vista, no entanto, vem sendo questionado por alguns estudiosos modernos, que argumentam que o Império Aquemênida não se encontrava em crise no período de Alexandre, e que apenas as disputas internas pela sucessão monárquica dentro da própria família aquemênida é que causavam algum enfraquecimento no império. Alexandre, grande admirador de Ciro, o Grande, acabaria por provocar o colapso do império e sua subsequente fragmentação, por volta de , gerando o
Reino Ptolemaico, o
Império Selêucida e diversos outros territórios de menor extensão, que à época também conquistaram sua independência. A cultura iraniana do planalto central, no entanto, continuou a florescer e voltou a conquistar o poder na região no